Curiosa sensação essa que a silhueta gera
Despertando sutilmente, como se pudera
A visão, meio míope, só por forma e tamanho
Saber bem que é “ele” ou “ela” – e não estranho…
O caminhar é outra marca forte do amigo –
Desperta logo a tenra sensação de um abrigo:
Que no moto de seu corpo, pelo modo como pisa,
É ambulante lar que logo a alma tranquiliza.
Se és tu, porém, que vem e se aproxime
Dá um abraço forte e a sensação imprime
De que algo do nosso velho lar ainda é vivo,
Em ti, minha irmã, e em teu laço afetivo!
Além disso que escrevo, mas os peitos sabem bem,
Hoje, em ti, reparo algo que não vi em mais ninguém:
De nossa mãe, te ornam cachos a tua tez de menina
Mas também a cabecinha de tua doce pequenina
Nesses cachos doces, são patentes sensações;
Torvelinhos que se formam por entre as gerações,
Que desaguam afeto ao rosto de quem alvo é de abraço
Rico e vital dom, para um mundo em qu'isso é escasso
Sejam os caracois que repousam em tua tez
Vivo signo do amor que nos cuidou quando bebês
E, que, agora (já floridos André Luis e Yuri),
Se entrelacem aos de Diana – e vosso amor sempre perdure!
À minha irmã, pelo seu aniversário.